sábado, 15 de dezembro de 2012

DESAFIO PARA AS FÉRIAS...

Falar, pesquisar, estudar os nossos índios nos remete a algumas personagens interessantes da nossa história.

Por isso, precisamos conhecer algumas pessoas muito especiais.

A sugestão é buscar informações e confeccionar um cartaz, anotações, enviar uma COLABORAÇÃO AMIGA pelo blog, uma apresentação de Power Point etc. Use a sua imaginação...

1. Marechal Rondon
2. Os irmãos Villas-Bôas
3. Noel Nutels
4. Darcy Ribeiro
5. Curt Nimuendajú



Outros assuntos muito interessantes que podem ser pesquisados...

1. Terras indígenas: reservas, parques - tem diferença?
2. Povos isolados
3. O esporte na cultura indígena
4. A Educação na cultura indígena
5. A religião na cultura indígena
6. Vestimentas
7. Alimentação
8. Lendas indígenas
9. 50 palavras muito utilizadas que sejam de origem indígena
10. Costumes indígenas mantidos na nossa cultura.

As línguas indígenas


As línguas indígenas
Troncos e famílias

Hoje em dia existem mais ou menos 180 línguas indígenas no Brasil.

Umas são mais semelhantes entre si do que outras. Isso mostra que há origens comuns e processos de mudanças que aconteceram com o passar do tempo.

Os especialistas no conhecimento das línguas são chamados de linguistas.

Os linguistas expressam as semelhanças e as diferenças entre as línguas através da idéia de troncos e famílias linguísticas.

Quando se fala em tronco, deve-se pensar nas línguas cuja origem comum está situada há milhares de anos, e as semelhanças entre elas sendo muito sutis.

Entre línguas de uma mesma família, as semelhanças são maiores, e são o resultado de separações ocorridas há menos tempo.

Veja o exemplo do português:



 As línguas indígenas no Brasil apresentam dois grandes troncos: Tupi e Macro-Jê.

São 19 famílias linguísticas que não apresentam graus de semelhanças suficientes para que possam ser agrupadas em troncos.

Há famílias de apenas uma língua, às vezes denominadas “línguas isoladas”, por não serem parecidas com nenhuma outra língua conhecida.

É importante lembrar que poucas línguas indígenas no Brasil foram estudadas em profundidade.

Conheça as línguas indígenas brasileiras, agrupadas em famílias e troncos, de acordo com a classificação do professor Ayron Dall’Igna Rodrigues.

Trata-se de uma revisão especial para o ISA (setembro/1997) das informações que constam de seu livro Línguas brasileiras – para o conhecimento das línguas indígenas (São Paulo, Edições Loyola, 1986, 134 p.).



Você pode conhecer outras famílias acessando o endereço:

 Multilinguismo

Os povos indígenas sempre conviveram com situações de multilinguismo.

Isso quer dizer que o número de línguas usadas por um indivíduo pode ser bastante variado.

Há aqueles que falam e entendem mais de uma língua ou que entendem muitas línguas, mas só falam uma ou algumas delas.

Assim, não é raro encontrar sociedades ou indivíduos indígenas em situação de bilinguismo, trilinguismo ou mesmo multilinguismo.

Geralmente a diferença linguística não é impedimento para que os povos indígenas se relacionem e se casem entre si, troquem coisas, façam festas ou tenham aulas juntos.

Um bom exemplo disso se encontra entre os índios da família linguística Tukano, localizados em grande parte ao longo do rio Uaupés, um dos grandes formadores do rio Negro, numa extensão que vai da Colômbia ao Brasil.

Entre esses povos habitantes do rio Negro, os homens costumam falar de três a cinco línguas, ou mesmo mais, havendo poliglotas que dominam de oito a dez idiomas.

Além disso, as línguas representam, para eles, elementos para a constituição da identidade pessoal:

è Um homem, por exemplo, deve falar a mesma língua que seu pai, mas deve se casar com uma mulher que fale uma língua diferente, ou seja, que pertença a outro “grupo linguístico”.

Os povos Tukano são, assim, tipicamente multilíngues. Eles demonstram como o ser humano tem capacidade para aprender em diferentes idades e dominar com perfeição numerosas línguas, independente do grau de diferença entre elas, e mantê-las conscientemente bem distintas, apenas com uma boa motivação social para fazê-lo.

O multilingüismo dos índios do Uaupés não inclui somente línguas da família Tukano. Envolve também, em muitos casos, idiomas das famílias Aruak e Maku, assim como a Língua Geral Amazônica ou Nheengatu, o Português e o Espanhol.

Há casos em que o Português funciona como língua franca (quando uma língua torna-se o meio de comunicação mais usado).

Línguas gerais

Nos primeiros tempos da colonização portuguesa no Brasil, a língua dos índios Tupinambá (tronco Tupi) era falada em uma enorme extensão ao longo do litoral.

No século XVI, ela passou a ser aprendida pelos portugueses, que de início eram minoria diante da população indígena. Aos poucos, o uso dessa língua, chamada de Brasílica, aumentou e generalizou-se de tal forma que passou a ser falada por quase toda a população que integrava o sistema colonial brasileiro.

Grande parte dos colonos vinha da Europa sem mulheres. Eles acabavam tendo filhos com índias, e isso fazia com que a Língua Brasílica fosse a língua materna dos seus filhos.

Além disso, as missões jesuítas incorporaram essa língua como instrumento de catequização indígena. O padre José de Anchieta publicou uma gramática, em 1595, intitulada Arte de Gramática da Língua mais usada na Costa do Brasil. Em 1618, publicou-se o primeiro Catecismo na Língua Brasílica. Um manuscrito de 1621 contém o dicionário dos jesuítas, Vocabulário na Língua Brasílica.
  


























A partir da segunda metade do século XVII, essa língua, já bastante modificada pelo uso corrente de índios missionados e não índios e passou a ser conhecida pelo nome Língua Geral.

Mas é preciso distinguir duas Línguas Gerais no Brasil-Colônia: a paulista e a amazônica.

Foi a Língua Geral Paulista que deixou fortes marcas no vocabulário popular brasileiro ainda hoje usado (nomes de coisas, lugares, animais, alimentos etc.) e que leva muita gente a imaginar que "a língua dos índios é (apenas) o Tupi".

Língua Geral Paulista

A Língua Geral paulista teve sua origem na língua dos índios Tupi de São Vicente e do alto rio Tietê, e era um pouco da língua dos Tupinambá.
No século XVII, era falada pelos bandeirantes.
Por intermédio deles, a Língua Geral Paulista penetrou em áreas jamais alcançadas pelos índios tupi-guarani, influenciando a linguagem corriqueira de brasileiros.

Língua geral amazônica

Essa segunda Língua Geral desenvolveu-se inicialmente no Maranhão e no Pará, a partir do Tupinambá, nos séculos XVII e XVIII. Até o século XIX, ela foi usada na catequese e na ação social e política portuguesa e luso-brasileira.

Desde o final do século XIX, a Língua Geral amazônica passou a ser conhecida, também, pelo nome Nheengatu (ie’engatú = “língua boa”).

Apesar de suas muitas transformações, o Nheengatu continua sendo falado nos dias de hoje, especialmente na bacia do rio Negro (rios Uaupés e Içana).

Além de ser a língua materna da população cabocla, mantém o caráter de língua de comunicação entre índios e não índios, ou entre índios de diferentes línguas.

Nheengatu

Em 1734, o governo de Portugal proibiu o uso do nheengatu no Brasil sob pena de chibata e prisão.

Mas, o nheengatu não morreu: em 2001, o município de São Gabriel da Cachoeira (AM), reconheceu o nheengatu como uma das suas línguas oficiais.

Tupi antigo
Nheengatu
Português
xe, ixé
se, ixé
eu
ne/nde, endé
ne, indé
tu
a'e, i (singular)
aé, i
ele, ela
oré
ø
nós (exclusivo-exclui o ouvinte)
iandé
iandé
nós (inclusivo)
pe, pe'ẽ
pe, penhẽ
vós
a'e, i (plural)
aintá/tá
eles, elas

















 Sim, a língua também tem a sua LINHA DO TEMPO... 

 Século XVI

O tupi, principalmente o dialeto tupinambá, que ficou conhecido como tupi antigo, é falado da foz do Amazonas até Iguape, em São Paulo. De Cananéia à Lagoa dos Patos fala-se o guarani.

Séculos XVII/XVIII

O extermínio dos tupinambás, a partir de 1550, a imigração portuguesa maciça e a introdução de escravos africanos praticamente varre o tupi da costa entre Pernambuco e Rio de Janeiro.
Em São Paulo e no Pará, no entanto, ele permanece como língua geral e se espalha pelo interior, levado por bandeirantes e jesuítas.

Século XX

O português se consolida a partir da metade do século XVIII. O tupi antigo desaparece completamente, junto com outras línguas indígenas (das 340 faladas em 1500, sobrevivem, hoje, apenas 170). A língua geral da Amazônia, o nheengatu, continua sendo falada no alto Rio Negro e na Venezuela por cerca de 30 000 pessoas.

Curiosidades

Em tupi, todos os verbos no infinitivo são substantivos: nhe’enga é “a fala”, e não “falar”.

A realidade ajuda a criar conceitos abstratos: “Silêncio”, por exemplo, é kirir˜i, inspirado no cri-cri dos insetos na mata, à noite.

Elementos da natureza nunca são ligados à idéia de posse: você diz xe py (meu pé) ou xe u’uba (minha flecha), mas nunca faz o mesmo para elementos da natureza.

Em tupi, não se diz nde ybyrá (tua árvore), mas somente ybyrá (árvore).

Não existe tempo verbal, todos os verbos estão no passado: para dizer “eu saio” e “eu saí” a expressão é a mesma: a-sem.

O dia de hoje não é um período de tempo, mas um lugar iluminado pelo sol: para se falar hoje, diz-se Kó ‘ara pupé (dentro desta claridade).


Parque Indígena do Xingu


Xingu – Terra ameaçada – Parte 1







Trabalhando...

Individualmente os alunos redigiram questões sobre o vídeo assistido.

As perguntas foram trocadas entre eles, depois de respondidas pelos colegas voltaram ao redator que as corrigiu e foram lidas em voz alta pela professora.

Houve questões repetidas, fato esperado, as questões foram digitadas e expostas na lousa interativa.

Os alunos as analisaram observando os seguintes pontos sugeridos: adequação quanto ao uso de pronomes interrogativos, verbos, uso de letra maiúscula, ortografia, relevância, intenção e clareza.

Depois de variadas sugestões de “acertos”, chegou-se à reescrita que pode ser conferida abaixo.

Questionados em relação ao nível das questões elaboradas, os alunos as consideraram “interessantes”.

1. Qual é a área do Parque Nacional do Xingu? (G.R.)
26.000 Km².

2. Qual é o país que os índios do vídeo moram?
Resposta: Brasil.

3. Por que estão desmatando a floresta na área do Parque Indígena do Xingu?

Estão desmatando porque querem espaço para pastos e plantações (agropecuária). (P.E./G.D.)

4. Sobre que tribos falaram no documentário? (Z.H.)

As tribos que moram no Parque Indígena do Xingu, por exemplo, Kamaiurá, Kuikuro e Yawalapiti.

5. Descreva o Parque Nacional do Xingu. (C.P.)

É um lugar grande e espaçoso, com floresta que não cortada, ocupado por várias tribos indígenas, vários rios etc.

6. Quem está desmatando a região? (M.E.)
As madeireiras, os fazendeiros e indústrias.

7.     Qual é o nome do rio principal do Parque?

Rio Xingu.

Divididos em dois grupos os alunos reorganizaram as suas ideias, discutiram, redigiram e responderam oralmente às perguntas abaixo:

Grupo 01 – P.R., G.R., I.C., Z.H., P.E, C.P., E.C., P.R.

1.     O que todos os vídeos assistidos têm em comum?

2.     Em que região do Brasil fica o Parque Nacional do Xingu?

Grupo 02 – V.J., S.G., M.E, G.C., T.A., L.S., I.C2.

1.    Quem são os índios panarás?

Povo Panará, mais conhecido como Krenakarore ou índios gigantes.

Dona R.

1. O Parque Nacional do Xingu é a principal área protegida dentro do chamado “Arco do Desmatamento”?

Sim.

2. Qual o tipo de construção que também ameaça a região?

A construção de usinas hidrelétricas.

Bônus: O nome desse parque era Parque Nacional Indígena do Xingu, agora ele é conhecido por qual nome?

Parque Indígena do Xingu.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Não entendemos "lhufas" no início, mas já evoluímos e ...

Na primeira vez que assistimos ao vídeo "Tupi guarani o idioma que moldou o português brasileiro", apenas três de nós "acreditaram que ouviram uma ou duas palavras conhecidas".

Na segunda vez que assistimos, "sacamos", relacionamos o título ao audiovisual...foi indescritível o quadro...mas a experiência anterior nos despertou para essa.

http://www.youtube.com/watch?v=pDVxe-Qa5jg&feature=related





Resultado:








Vídeo sem narrador, leitura de imagens, só imagens, foi desafiador...

Dona R. e Srta. P. estavam no cantinho da sala durante a exibição deste "filminho" avaliando nossas reações e sabe o motivo disso? Estávamos "passados", perplexos com o caderno na nossa frente e a maioria de nós com a sensação de que não havia nada a dizer, o que fazer/o que anotar? 

Ficamos sabendo que elas estavam "de olho" na nossa reação e que já esperavam os sinais de interrogação e de exclamações nos nossos rostos, da maioria dos rostinhos lindos da classe!

Três perguntinhas da D. R. foram suficientes para mais uma vez percebermos que havíamos entendido sim, mas sentíamos dificuldades de nos expressar por causa do ainda "medo de errar", mas o estamos superando, assistimos novamente e todos tiveram algo a falar, foi o que D.R. chama de "experiência riquíssima".

Cultura indígena

http://www.youtube.com/watch?v=uNgbcMQPBAI










Documentário com narrador, desafios, desafios, desafios...

Índios Pataxós e a terra do descobrimento

http://www.youtube.com/watch?v=Vblr6PrWYs4





Registrando após assistirmos ao documentário...
















































Produto final...três aulas depois...

Vários momentos do processo e envolvendo todos os alunos da classe: conversa informal, documentário, discussões, documentário novamente, compartilhamento oral dos registros individuais escritos nos cadernos, seleção de informações, confecção do pôster que está na parede da sala, sequência sendo montada! Ufa!